terça-feira, 23 de novembro de 2010

Turquia

Nome completo: Ahmet Davutoğlu
Cargo: Ministro dos Negócios Estrangeiros da Turquia
País: Turquia (pró)

Histórico pessoal:

- No dia 26 de fevereiro de 1959, nasceu Ahmet Davutoğlu em Konya, cidade localizada na parte européia da Turquia, em uma família muçulmana sunita.
- Em 1984, casou-se com Sare Davutoğlu. Possui quatros filhos: Sefure, Meymune, Mehmet, Hacer Büke.

Histórico profissional/político:

- Em 1978, completou o 2º grau na Istanbul High School;
- Em 1983, graduou-se na Bosphorus University, no departamento de economia e ciência política;
- Em 1987, recebeu o mestrado em Administração e o PhD do Departamento de Ciência Política e Relações Internacionais, da Bosphurus University;
- Em 1990, tornou-se assistente professor na International Islamic University of Malaysia, e gerenciou o Departamento de Ciência Política até 1993;
- Em 1993, tornou-se Professor Associado na mesma universidade;
- Entre 1995 e 1999, trabalhou na Marmara University, como Professor, Coordenador de Estudos do Oriente Médio e do Programa de Doutorado do Departamento de Ciências Políticas;
- Entre 1998 e 2002, foi Professor Visitante na Academia Militar Turca;
- Em 2003, foi nomeado Consultor-Chefe do Primeiro-Ministro e Embaixador, no 58º Governo da República da Turquia, prosseguindo com os cargos no 59º e 60º governos.
- De 1995 à 2004, trabalhou como Professor na Beykent University, sendo Chefe do Departamento de Relações Internacionais;
- Em 2009, foi apontado como Ministro de Negócios Estrangeiros, no 60º Governo da Turquia;
- Ahmet já publicou diversos livros e artigos sobre política externa.
Ele fala Inglês, Alemão e Árabe.

Comentários:

Influente acadêmico e apontado por muitos como de corrente “neo-otomana”, Ahmet Davutoglu ganhou destaque com sua efetivação como Ministro de Negócios Estrangeiros, em uma nação que encontra na dualidade Europa-Mundo Árabe, um dos maiores desafios para o aprofundamento de sua influência no cenário internacional. Em sua visão “Neo-Otomanista”, a Turquia deveria tirar partido do fim da guerra-fria e da oposição Leste-Oeste, do seu perfil cultural e político – um Estado muçulmano laico e democrático – e, sobretudo, da sua posição geoestratégica única – uma ponte entre o mundo ocidental e o mundo islâmico e, também, uma placa giratória na rota dos hidrocarbonetos para a Europa.
Logo ao entrar no poder, Ahmet defendeu o seguimento da política tradicional turca de "zero problemas com os vizinhos", embora a atualizando e a reforçando no sentido de uma política de "cooperação máxima com todos aqueles que estejam interessados". Aparentemente decepcionada com as hesitações de Paris e Berlim sobre a sua integração na UE – e com a adesão de Chipre, em 2004 - a Turquia marca o seu regresso a uma política multidirecional, cada vez mais atenta ao mundo muçulmano vizinho (dos Balcãs ao Médio Oriente, a antiga extensão do Império Otomano).
Dentro dessa mudança de paradigma, a Turquia vem se envolvendo, juntamente com o Brasil, nas negociações sobre o Programa Nuclear Iraniano. Segundo Davutoglu, “Nós sempre encorajamos o Irã a tomar uma posição flexível... Nós queremos preservar o direito do Irã de possuir um programa nuclear de fins pacíficos, mas, ao mesmo tempo, dar garantias à comunidade internacional que o projeto iraniano não tem objetivos militares”. É conhecido pelo ativismo contra Israel, que tomou notoriedade depois dos engajamentos de Ahmet, ainda só como diplomata, dentro do governo turco, em relação aos conflitos bélicos de 2008, entre Israel-Palestina na Faixa de Gaza. Sua forte posição contrária nessa época, e no ataque militar israelense contra um navio de missão humanitária, que levava recursos como remédios e alimentos, em junho de 2010, é um ponto controverso no apoio ao programa nuclear iraniano, já que é amplamente conhecida a disposição radicalmente contrária do Irã com a nação sionista.

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